quarta-feira, 31 de março de 2010

É meu feitio não ser fetiche de ninguém
É parte constante dessa minha inconstância
Parte integrante a incoerência dos meus atos
Fatos já não são discutidos ou justificados
Fatos justificam atos, porém são cegos olhos a sentimentos, fato.
Trajetos já não são traçados
Mais de certo só construirei castelos de areia, belíssimos até o primeiro vento.

quarta-feira, 24 de março de 2010

‘Sacada alaranjada,
Quarto perfumado,
Cama quente
Manhã gelada
Camisa roubada
Sapatos na porta de entrada
Cheiro de café
Cozinha sonora
Camisa encontrada
Sorriso de bom dia
Beijos de Amélia’.

terça-feira, 23 de março de 2010

Trás lembranças de lugares distantes...
Não as revela a ninguém...
Não es de falar muito...
Dança com as folhas que encontra na estrada...
Como o vento. As vezes assovia, mais nunca se sabe qual canção canta.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Estamos todos migrando...
Pra lugares diferentes, embora estejamos todos indo em direção a um futuro.
Recordo-me claramente do dia em que me disseram, que ‘não há escolha quanto a escolher’, receberemos de alguma forma um pacote que lhe é enviado de acordo com a opção selecionada. Complicado não é? Pagamos por nossas escolhas, e se não escolhermos; bem, isso também será uma escolha.
Por isso estamos todos migrando...
E por mais que escolhemos, conquistemos, sempre nos vamos com aquela vontade de voar mais, a quem diga que uma vida inteira pode não ser o suficiente. E se pararmos para pensar, sentados debaixo de uma árvore observando ‘a lei da gravidade’ pouco importa de onde viemos, o que realmente importa é pra onde e até onde estamos dispostos a ir.
Por isso estamos sempre migrando...
Migramos por um amor, por um por um por do sol mais alaranjado, para uma outra vida. São as mais variadas formas com apenas um intuito, buscamos apenas o pedaço que achamos cabível no mundo, mesmo nem sabendo ao certo de onde ele veio e até quando nos será cedido.
O importante é estarmos sempre migrando!

domingo, 21 de março de 2010

“Não sei ao certo quando, e nem de onde veio. Mais a algum tempo percebi, que sempre que necessário estava ali. Não é parte do meu mundo, é parte de minha fuga. Não é tocável, mais isso não impede de sentir.
Não, ele não adivinha o que eu quero, não sabe do meu humor, e nem temos tanto em comum, o diferencial é o equilíbrio entre as diferenças.
Talvez sejamos apenas um ‘Ponto de paz’ e isso nos faz querer estar juntos.
Sem aquele ‘Eu te amo’, esta frase torna as coisas sensíveis demais não é?
Sem qualquer euforia ou demonstrações explicitas de sentimento. Apenas se sente, sentimos na correria do dia-a-dia uma saudade, uma vontade de estar em um ‘esconderijo’, é, destes esconderijos que se tem quando criança, destes onde se guarda coisas importantes, como uma coleção de incetos ou bonecas.
Talvez sejamos esconderijos um para o outro.
Talvez seja essa a nossa importância”.

sábado, 20 de março de 2010

Chá pra amor


Desperdiçou beijos meus como quem arranca pétalas, brincando de bem me quer.
Não era amor, pelo menos não o meu amor, ele não faria isso.
E por aqui, por ali, dês de então; todos passam a perguntar: Onde andas o seu amor?
Não sei por onde andas, ele não veio me procurar. As vezes passa e diz um “oi”
Mais que apressado é este amor, nem sequer para pra tomar um café?
Vou ajeitando minha cozinha, talvez o amor não goste de café, então posso eu preparar-lhe um chá.Então quando lá vier o amor apressado, bem, talvez ele sinta o cheirinho e resolva ficar.
Tudo foge a realidade
Observar-te, é como entrar em outra dimensão
Já não suporto mais tentar desvendar sua mente
Os olhos queimam ao observar teus gestos mais simples
É torturante, ver o que traz nos olhos

Parece carregar o mistério do mundo nas costas
Um infiltrado dos anjos na terra
Já cansei-me de imaginar-te como criança, parece já ter nascido adulto
Já não teria vivido mil anos?

Cada simples palavra cotidiana, pesa em sua fala
Essa fisionomia jovem, de fato não combina com você
Por dentro parece já ter vividos as guerras, conhecido os poetas que o mundo já perdeu
Parece carregar cada detalhe, de cada amor que já viveu
Parece carregar o mistério do mundo nas costas, porém, sem medos
Um infiltrado dos anjos na terra
Já cansei-me de imaginar-te como criança, parece já ter nascido adulto
Já não teria vivido mil anos?

Uma mente, como um filme antigo
Não duvidaria se me disseste já ter dançado bailes da realeza
Acreditaria fielmente que já foi um cavaleiro da nobreza
Que já viveste um amor descrito por Shakespeare
Que o brilho do seu olhar teria sido entregue a uma bela no passado

Parece carregar o mistério do mundo nas costas, porém sem medo
Um infiltrado dos sábios na terra
Já não teria vivido mil anos?