sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Robôs, Zombarias e Coca Cola

Assustador é trombar com uns dos robôs que o mundo criou. Aqueles que apenas sobrevivem, e se sentem algo, é fome os sono. Tiveram os sonhos roubados, e 'ganharam de presente' uma 'vida' mecânica, e uma cota de zombarias pra usar com os que foram programados pra chamar de loucos e escrotos, simplesmente por não gostarem de coca cola. E sinto que não há saída pra esse sistema. Esse texto já faz parte de uma modinha clichê dos que se acham 'libertos'.

Enxergar Melhor de Olhos Furados

O que mais dói? Ter de aplicar sua dor maior, na pessoa que mais queria poupar. Simplesmente por ser o certo a se fazer. Fazer enxergar, é pior que enxergar por si só. Poupar seus queridos de só enxergar depois de terem os olhos furados.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Batalhas Perdidas no Seu Colo

Parece que eu sempre vou cair nos seus braços,
Porque o fim de tudo sempre foi seu abraço.
Todas as batalhas que perdi no seu colo.
Todo o amor que eu trouxe de longe me deixou pra ficar com você.
Se fui vencida até pelo seu perfume, fico me perguntando se ainda tenho forças pra lutar.
A um tempo acreditavam que o mundo acabava no desabamento do mar, em uma cachoeira da morte,
Meu mundo sempre desabou no seu sorriso largo.
Sinto uma calmaria se aproximando.
Parece que todas as lutas estão terminadas.
Vejo você no fim da estrada, sujo e com roupas em trapos, mas está vivo.
Mais uma batalha vencida pra você, mais uma derrota pra mim.
sinto o seu calor!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Flores Amarelas, Sofá Azul, Mundo do Beleléu

Essa noite me fez lembrar aquela peste de flores amarelas que crescia no jardim da casa que vivi minha infância, e da coleção de joaninhas que eu recolhia delas. Daquele tempo molhado. Daquele frio de gelar os dedos eu ainda carrego um pouco comigo.
Ontem, correndo rápido demais acabei caindo, e minha vida esparramou-se pelo chão. Algumas coisas se quebraram pra sempre, outras estou recolhendo aos poucos. Os joelhos estão ralados.
É hora de deixar de chorar sobre os cacos no caminho e seguir, procurando outro entusiasmo que me faça correr, consciente que vou cair e ralar de novo, e que dessa vez mais coisas se perderão, e as que você salvou da última vez podem não se salvar de novo.
Só me recordo de tempos molhados, onde o sol não aparece nunca, como se a infância fosse um filme em preto e branco. Mas das flores amarelas eu me lembrei, sinto até o cheiro chato que elas tinham, que grudava na roupa. No mais me vejo lá, pequena com um moletom grande demais assistindo TV naquele sofá azul, que hoje não existe mais.
O cheiro de chuva faz parte de mim.
Quero as sete vidas de um gato pra correr anos-luz atrás do amor, que pelo mapa deve morar em Pasárgada, que acredito eu deve ficar no mundo do Beleléu, onde todas as coisas quebradas e perdidas foram parar. Pelo que tudo indica Candyland também não deve estar longe, e lá todas as pessoas que você não vê a um tempão. Nesses lugares os relógios são de gelatina e o tempo se deteriora, passado presente e futuro não existem, e você se encontra em um dia chuvoso assistindo desenho animado no seu sofá azul.