domingo, 27 de novembro de 2011

A chuva, O Fôlego, A Borboleta Azul

Está sobrevivendo, adquirindo uma força que não existia antes. Está respirando, as vezes perde o fôlego, e estranhamente retoma num beijo, uma coleção deles formando um quebra cabeça confuso. A chuva rega, o amor está se aninhando sorrateiramente, e quando acordarmos pela manhã ele estará nos lençois.
As histórias do ladrão de sorrizos. O que eu disse nem importa mais, mal me lembro do que havia dito. Eu encontro um pouco de juízo dentro de você, um pouco de distinção em seus olhos.
Estamos criando um mundo, fundando outros pecados capitais, já descobrimos a décima maravilha do mundo em um espaço onde só cabem dois.
Nos encontramos a frente, não enxergando a proporção, sentindo de olhos fechados. Subimos ao tentarmos nos jogar, nesse mundo do avesso, escorregamos na densa nuvem que nos tornamos e que ameaça chover um dia, como tudo acaba chovendo. Porém se chovermos a regar, no fim valerá a pena.
E se não formos o céu que pensamos? Ele vai cair sobre nossas cabeças? E se...
Vai dançar comigo quando eu não puder sorrir, vai sorrir pra mim quando eu estiver dançando.
Existe um feitiço que nos fará dançar até o chão se abrir debaixo de nossos pés.
Dizem que algo vem buscar nossas almas e coloca-las em uma mesma gaiola.
A borboleta azul se perdeu enquanto eu a seguia. E me perco atrás de sonhos, até que virem fumaça.
Os amores que tive morreram de febre, no meio de uma guerra que vive até então comigo. Caminho nas terras que conquistei, terras que só eu enxergo, vitórias minhas.
E se por fim não formos o céu que pensamos, fomos pra nós um dia o céu!

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