segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Desejo

Estou com medo de perder seus abraços, seus sorriso, meus sonhos, e meus planos, os desenhos que fiz com tanto carinho do futuro, estou com medo de ser mais um desses curtas.
As pessoas estão morrendo tão perto de mim, quase do meu lado, e algumas flores dos jardins por onde eu passo são arrancadas pra cobri-las. Peças estão se apagando de um quebra-cabeças onde se encaixavam perfeitamente.
Tenho medo de não estar aqui pra ver as coisas simplesmente acontecerem, os amores nascerem, a vida continuar, afinal que certeza eu tenho senão a minha forte mas humilde esperança de abrir os olhos por mais muitas manhãs?
Amar não seria o bastante pra que não fosse permitido que morrêssemos?
- Não! Não posso morrer agora, tenho alguns amores pra cuidar, mais tarde quando já estiverem bem crescidos eu trato de partir, de coração tranquilo, mas não agora, agora é cedo.
Ótimo argumento! Eu criaria vários outros, e tão bons quanto, só pra ganhar mais um dia, mais vida.
Por isso eu rezo que a vontade valha, que tenhamos mais tempo pra amar, mais manhãs pra despertar.
Rezo pra que todos os presentes que caiam do céu me tragam VIDA.

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